Grupo costuma frequentar casa na Arso 102, antiga 1.005 Sul, a partir da época de estiagem. Dona diz que todos os anos aparecem ‘novos integrantes’ do grupo e as gerações se renovam. Araras enchem pé de coco do quintal de casa em Palmas
Se é bonito de ver as araras voando pelo céu de Palmas, imagina receber a ‘visita’ delas no quintal de casa? Esse é um ‘privilégio’ que a professora de inglês Sandra Tiemi Yabuuti tem quase todo dia. Nesta semana, ela fez um registro de várias araras de uma vez só no quintal da casa onde mora há 14 anos, na Arso 102, antiga 1.005 Sul.
Compartilhe no WhatsApp
Compartilhe no Telegram
A quantidade de aves chamou a atenção e professora fez vídeos e fotos. E não é a primeira vez que ela consegue fazer esse registro. No ano passado, a casa também se tornou um verdadeiro point para as araras-canindé na época da estiagem.
“Logo após que mudei, comecei a monitorar. Não essas araras, porque as novas gerações vêm vindo. No começo, quando comecei a observar aqui em casa, era um bando menor, mas já cheguei a contar há uns dois ou três anos atrás, 18 araras na área verde na frente da minha casa, ainda tem uns pequizeiros”, relembrou Sandra.
Grupo de aves pousou em coqueiro no quintal da professora Sandra Tiemi, em Palmas
Arquivo pessoal
Nesta semana, ela conseguiu registrar pelo menos sete aves de uma vez, que pousaram no coqueiro que fica no quintal. As araras embelezaram o local e em um dos registros, elas saem voando do coqueiro quase todas juntas.
Segundo Sandra, elas vêm e vão durante o dia. Neste sábado pela manhã (19), as ‘filhas’ de Sandra, como ela costuma se referir às aves, apareceram novamente para se alimentarem dos cajus, típicos dessa época do ano.
“Elas vêm quando realmente os cajueiros começam a florir e dar frutos. Então nessa época elas começam a vir com muita frequência, todos os dias. Às vezes duas, três vezes ao dia, principalmente quando o coqueiro está carregado”, disse a professora.
Ela conta também que as visitas ilustres ficam reduzidas no período chuvoso, mas que quando acaba, as árvores frutíferas do quintal voltam a alimentar as aves.
Sandra sinalizou pelo menos sete araras de uma vez nesta semana
Divulgação
LEIA TAMBÉM:
Arara é encontrada morta com marcas tiro em comunidade quilombola no Jalapão
VÍDEO: Arara é resgatada após cair e ficar ferida em Palmas
“Acabou a chuva, é oito meses de arara aqui em casa. Elas são muito tranquilas e nossa relação é maravilhosa. Eu acordo 4h e por volta de 6h30 elas já estão lá na frente e eu consigo ouvir a vocalização, que é o ruído que elas fazem”, contou Sandra.
Ao longo dos últimos anos, Sandra e a família se acostumaram a conviver com as aves silvestres.
“Sou apaixonada pelas araras. Hoje o que é muito interessante é que elas não estranham a minha presença. Tanto que eu vou lá fora, eu fotografo, eu converso com elas como se eu conversasse com criança, dou bom dia, boa tarde, e as chamo de curiosas. Então são gerações e gerações. Os pais vão trazendo os filhotes. Elas sabem que aqui é um ponto que tem alimento. Todo ano tem um filhote novo aqui”, comemorou a professora, que também é criadora de aves.
Gerações de araras ‘visitam’ Sandra todos os anos
Reprodução
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
Fonte: G1 Tocantins
