Médico é condenado pela segunda vez por abusar de mulheres durante exames; nova pena é de 10 anos

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Em fevereiro deste ano, o ginecologista Paulo Rodrigues do Amaral também foi condenado a 28 anos de prisão. Ele está preso em Palmas desde julho de 2023. Médico responde a ações penais por suspeita de abuso sexual
Divulgação/TJTO
A Justiça condenou pela segunda vez o médico Paulo Rodrigues do Amaral, de 65 anos, por cometer abusos contra pacientes durante a realização de exames ginecológicos. No novo processo, ele terá que cumprir 10 anos e seis meses de prisão. Ele já foi condenado a mais de 28 anos em fevereiro deste ano.
A sentença deste novo processo levou em consideração os relatos de abusos sexuais contra três mulheres. Assim como no primeiro processo, as vítimas relataram situações constrangedoras que passaram durante atendimento com Paulo.
Em resposta à TV Anhanguera, a defesa de Paulo Rodrigues disse que não vai se manifestar sobre a condenação. Ele ainda pode recorrer da decisão.
Na sentença, uma das vítimas contou que ele demorava muito, realizava toques invasivos, passava a mão nas partes íntimas dela, além de tê-la machucado. Outra denunciou que o médico passou a mão na virilha, perna e vagina de forma desagradável. A terceira vítima relatou que o médico a virou de costas e que ele encostou a coxa em seu corpo de forma maliciosa, enquanto realizava o procedimento.
Na análise do juiz Márcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, o ‘modus operandi’, ou seja, a forma como o médico agia com as pacientes era muito parecido em todos os casos, “sendo invasivo, tocando e alisando as partes íntimas das vítimas”, disse.
“Destaque-se que os atos libidinosos ocorreram de forma dissimulada, durante o exame de ultrassonografia vaginal, impedindo e dificultando a livre manifestação de vontade da vítima”, destacou o magistrado na sentença.
Paulo terá que cumprir a pena em regime inicialmente fechado. O juiz negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. O médico está preso desde julho de 2023.
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Relembre
Paulo chegou a ser preso em fevereiro, mas foi solto em março. Após a soltura, a justiça determinou que o médico não poderia atuar profissionalmente atendendo pacientes. No dia 21 de julho de 2023, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra o médico.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou em entrevista a TV Anhanguera que sofreu abuso quando tinha apenas 14 anos e teve uma gravidez precoce. Os toques desnecessários foram na hora do parto e ela contou o que passou nas mãos do médico.
Já outra vítima, de 22 anos, que também preferiu não se identificar, contou que os abusos aconteceu quando estava grávida do primeiro filho. Quando a gestação completou quatro meses, teve uma consulta com o ginecologista. Logo percebeu que os toques não eram ‘normais’ para uma consulta ginecológica.
Pelo menos 30 mulheres alegam que foram abusadas pelo médio Paulo Amaral. Os abusos teriam acontecido em clínicas, hospitais e postos de saúde que o médico atuou no Tocantins.
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Fonte: G1 Tocantins