Dono de concessionária e outros presos em operação da PF contra tráfico de cocaína vão passar por audiência de custódia

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Grupo supostamente contrabandeava droga da Colômbia, Bolívia e Peru para depois distribuir em vários estados. Durante operação, a polícia apreendeu aeronaves, carros de luxo, tambor cheio de dinheiro e sequestrou fazendas. Comboio de carros apreendidos chegando à PF
Reprodução/TV Anhanguera
Estão marcadas para a tarde desta quinta-feira (27) em Araguaína, no norte do Tocantins, as audiências de custódia de 18 presos na operação Rota Caipira da Polícia Federal, que apura o tráfico internacional de cocaína. O grupo é investigado há três anos e supostamente usava aviões para contrabandeava drogas da Colômbia, Bolívia e Peru, e depois distribuía em vários estados.
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Um dos principais alvos da operação foi o empresário César Trindade, dono de uma concessionária de veículos em Araguaína, suspeito de financiar e lavar o dinheiro do tráfico. Ele foi levado para o presídio junto com os outros presos da operação até a audiência de custódia.
Em entrevista à TV Anhanguera, o advogado dele disse que vai comprovar que o cliente não tem nenhum tipo de participação nos crimes. (Veja a nota completa)
Nesta quarta-feira (26) a polícia cumpriu quase 200 mandados emitidos pela Justiça Federal. Durante as buscas, os agentes apreenderam vários carros de luxo e caminhonetes na concessionária de César Trindade.
Na casa de outro alvo, em Goiás, foram encontrados mais de R$ 200 mil em maços de dinheiro, escondidos dentro de um tambor.
Empresário César Trindade é investigado pela polícia
Divulgação/Redes sociais
Entenda
A operação Rota Caipira foi realizada nesta quarta-feira (26) nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Mato grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Ceará, Goiás.
Foram 195 mandados expedidos pela Justiça, sendo 28 de prisão preventiva e 95 ordens de busca e apreensão em 13 estados. Além do sequestro judicial de três propriedades rurais, apreensão de 16 aeronaves ligadas ao esquema e ordens para bloqueio de valores que podem chegar a R$ 300 milhões dos criminosos.
A polícia informou que a investigação começou em novembro de 2020, com uma troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, após a apreensão de 815 kg de cocaína em Tucumã (PA).
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A PF em Araguaína descobriu que a organização criminosa adquiria cocaína fora do país e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão.
A princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas, como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). A polícia não descarta que a droga também tenha sido enviada para países da Europa por portos da região, mas isso ainda é investigado.
PF encontra dinheiro em tambor durante operação Rota Caipira
O grupo supostamente era chefiado por Paulo Márcio Ribeiro Santos, que está preso desde 2020 após a apreensão da droga. O advogado dele, Paulo Roberto, disse que a operação vai esclarecer os fatos. “Não tem prova contra ele, mas também não tínhamos ainda condição de saber quem era o dono desses entorpecentes. Com isso eu creio que a polícia vai desvendar tudo isso”, disse.
Durante entrevista à TV Anhanguera, o delegado Allan Reis explicou que o objetivo da operação desta quarta-feira (26) era acabar com a rede de apoio.
“O principal investigado já foi preso pela Polícia Federal de Araguaína. Ele era investigado pela PF de Rondônia, quando foi decretada a prisão preventiva e ele fugiu para o Tocantins. Aqui ele montou toda essa logística e no ano de 2020 a gente fez a prisão dele em decorrência de tráfico de 800 kg de cocaína. Hoje a operação tem o objetivo de desarticular todos aqueles que davam apoio logístico a esse investigado.
Avião alvo da operação Rota Caipira
Polícia Federal/Divulgação
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Fonte: G1 Tocantins